Canoas de Promesseiros 2017: Público contempla início da exposição que homenageia Romaria Fluvial do Círio de Nazaré

Colorido, tecnologia, interação, música e emoção marcaram a abertura oficial da nona edição da Exposição Canoas de Promesseiros. Antes do início, o Plenário Cons. Emílio Martins do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA) recebeu convidados e foi palco de um pocket show do quarteto formado por músicos da Fundação Carlos Gomes.

Ali também houve três breves pronunciamentos; da presidente do tribunal, conselheira Lourdes Lima, do conselheiro Nelson Chaves e do bispo auxiliar de Belém, Dom Antônio de Assis Ribeiro. Todos fizeram saudações especiais aos presentes.

Os dois primeiros marcados por agradecimentos àqueles que trabalharam para a realização da exposição, bem como sobre a importância para além do componente religioso do Círio de Nazaré e, ainda, falando um pouco da história da exposição, seus objetivos e finalidades.

O conselheiro Nelson Chaves aproveitou para citar nominalmente os artesãos responsáveis pelas obras em miriti. Josias Plácido (mestre Pirías), Dorielson Cardoso, Elerson Pinheiro; as irmãs Leuziane, Maricleuse e Marigeise Araujo, Richard Rossi, Rita de Cássia e Vitor Silva. Chaves agradeceu também à equipe de engenharia da computação da UFPA, destacando o trabalho das equipe coordenada pelos professores Aldebaro Klautau e Adalbery Castro, agradecendo a ambos e aos alunos Alan Corrêa, Caio Cardoso, Felipe Bastos, João Pereira e Maria Clara Silva

Em sua manifestação de encerramento, Dom Antônio convidou os presentes a rezarem juntos, abençoando a todos no final. Os músicos da Fundação Carlos Gomes tocaram três peças eruditas e uma versão de “Lírio Mimoso”.

Foi o suficiente para emocionar e encantar a todos os presentes. Ao final da apresentação foram merecidamente aplaudidos de pé. Entre os convidados estavam o presidente do TJ/PA, desembargador Ricardo Nunes, o procurador-geral do MPC, Felipe Rosa Cruz, o representante do governador Simão Jatene, secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes e o auditor geral do Estado, Roberto Paulo Amoras.

A ouvidora do TCE-PA, conselheira Rosa Egídia, os conselheiros substitutos Milene Cunha e Edvaldo Souza e a procuradora do MPC Sirlaine Vendramin também estiveram no plenário. Autor da proposição que originou a exposição, o conselheiro Nelson Chaves registrou a importância vital dos cerca de 20 mil quilômetros de rios que compõem o território paraense na vida de outros milhares de pessoas com perfis muitas vezes distintos entre si, mas tendo a malha fluvial como ponto comum de subsistência.

“Esse rio é minha rua”

Em seu pronunciamento, Chaves alertou para questões sociais, de saúde e segurança pública, que envolvem a rotina de trabalhadores, ribeirinhos, turistas e empresas que se valem da vastidão de rios em suas rotinas, não somente pela importância econômica e religiosa que o Círio de Nazaré requer, mas, sobretudo, ao longo de todo o ano, e de vidas inteiras.

Citando o poema da música dos paraenses Ruy e Paulo André Barata, o conselheiro citou indicadores que devem servir de alerta para questões que vão além do período da Quadra Nazarena, que tem entre as suas principais procissões a Romaria Fluvial retratada e homenageada pela exposição.

“Estamos todos muito felizes e emocionados pelo carinho e reconhecimento da população que acompanha e se encanta com os barquinhos produzidos pelo imenso talento dos artesãos de Abaetetuba”, destacou a presidente do TCE-PA, conselheira Lourdes Lima.

Moradora do bairro de Batista Campos, a aposentada Maria Silvia Carvalho trouxe um casal de netos para assistir a exposição. “Na verdade estávamos indo para o parque de diversões do CAN, mas as crianças ficaram tão encantadas pelo colorido dos barcos, que daqui já vamos voltar para casa”, revelou.

Vídeo e Coral do TCE

Durante a cerimônia no Plenário do TCE-PA também foi apresentado um vídeo documentário retratando um pouco do universo por traz dos rios paraenses. Personagens da vida real da rotina dos rios – sejam eles trabalhadores do açaí, do pescado, do chocolate produzido na ilha do Combú e do artesanato deram suas contribuições na realização do material.

Já na parte externa do tribunal, especificamente na rampa de acesso pela travessa Quintino Bocaiúva, houve a emocionante apresentação do Coral do TCE, que executou várias canções para gáudio dos presentes. Enquanto isso, crianças e adultos interagiam com dez “embarcações” que podiam ser “pilotadas” por meio do aplicativo “Miritônica”, criado por acadêmicos do curso de engenharia da Computação da UFPA, em mais uma parceria capaz de tornar ainda mais fascinante a exposição que encanta a todos.